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Cultural

Cine Bibi Especial (Infantil) – Trilhas Sonoras executadas ao vivo pelo grupo “O Grivo”

Cine Bibi Especial (Infantil) – Trilhas Sonoras executadas ao vivo pelo grupo “O Grivo”
Data: 19 de junho de 2022, domingo
Horário: 16h
Local: Teatro Procópio Ferreira
Rua São Bento, 415, Centro, Tatuí-SP
Para adquirir seu ingresso acesse: https://bit.ly/3vZGIRB

 

Filmes:

L’arrivée d’un Train à la Ciotat | Auguste Lumière, Louis Lumière

The Immigrant | Charlie Chaplin

Le Voyage dans la Lune | George Méliès

Photographie Électrique à Distance | George Méliès

Felix Age of the Bone | Pat Sullivan

 

Sobre o Concerto
Os concertos apresentam ao público as obras cinematográficas com as trilhas sonoras executadas ao vivo. Para cada filme existe uma pesquisa de possibilidades de diálogo com a trilha/sonoplastia. Por vezes toda a trilha sonora é construída no limite entre música e sonoplastia; outras vezes cria-se apenas uma atmosfera musical que dialoga com o filme como que remotamente deixando de lado qualquer necessidade de pontuação sonoplástica. Por vezes a trilha sonora funciona de maneira harmônica com o filme no que diz respeito à sua montagem, temática, etc. Por vezes quando os filmes convidam a uma abordagem mais livre dá-se a construção de estruturas cuja articulação prescinde de uma progressão didática ou tradicional, baseada na continuidade. Em ambos os casos as propostas são constituídas por materiais musicais distintos no que se refere ao timbre, à característica rítmica etc; e ainda no que se refere às estratégias de diálogo entre os músicos.

Frequentemente são criadas estruturas estruturas musicais capazes de forjar ambientes que tenham relações analógicas com a realidade: cidade/campo/fábrica/parque/etc. A “leitura” do filme se dá desde dois ângulos distintos:
1 – o filme como partitura – mesmos sons e formas para as mesmas imagens;
2 – o filme como convite à improvisação.

No caso da opção pelo diálogo mais livre para com o filme a estratégia de diálogo caminha no sentido de um olhar mais atento aos aspectos formais das obras, em detrimento do caráter  psicológico de cada filme. É importante ainda o trabalho com parâmetros de montagem comuns ao cinema desta época e à “Música Nova”.

A instrumentação utilizada para a execução musical é muito variada. São utilizados uma série de instrumentos tradicionais (percussão, sopros, cordas, etc); vários objetos do cotidiano que produzem som; e ainda vários instrumentos eletrônicos. Este conjunto de instrumentos cria uma terceira camada de informações junto aos filmes e as trilhas sonoras. Desta maneira o público acompanha também os movimentos dos músicos nos sus atos de produção dos sons. Tudo isso torna o espetáculo extremamente vivo. Como se o filme transbordasse da tela acionando músicos, instrumentos e objetos. Alguns conceitos/ideias de Jean Epstein e Dziga Vertov, cineastas cujas obras são fundamentais para os desdobramentos do cinema, desde o período mudo, orientam a construção deste diálogo musical.

 

O Grivo
Em fins de 1990, O Grivo realizou seu primeiro concerto em Belo Horizonte, iniciando suas pesquisas no campo da “Música Nova”. Interessado na ampliação do seu repertório de sons e na descoberta de maneiras diferentes de organizar suas improvisações, o grupo desenvolve sua linguagem musical. Em função da busca de “novos” sons, de outras possibilidades de orquestração e de formas diferentes de montagem, O Grivo trabalha com “Mecanismos Sonoros” e “Fontes Sonoras” pouco usuais (eletrônicas e acústicas), além de instrumentos musicais tradicionais. A pesquisa tem como consequência um crescimento da importância das informações visuais em suas montagens à qual se soma um diálogo, também ininterrupto, com o cinema, vídeo, teatro e a dança. Nas montagens (instalações/concertos) o espaço de fronteira e interseção entre as informações visuais e sonoras é o lugar privilegiado que gera a tradução sonora e imagética para questões como textura, organização espacial, sobreposição, perspectiva, densidade, velocidade, repetição, fragmentação, etc. A proposição de um estado de curiosidade e disposição contemplativa para a escuta, e a discussão das relações dos sons com o espaço são as questões sobre as quais se apoiam os trabalhos do grupo. Os artistas tem suas obras em coleções de arte, como Itaú Cultural (Brasil), Museu de Arte da Pampulha (Brasil), ICCO (Brasil) SFMoMA (EUA), dentre outras.

Ingressos: https://bit.ly/3vZGIRB