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Estude
Conosco

Luteria

O curso de luteria do Conservatório de Tatuí orienta para construção de instrumentos de arco – violino, viola, violoncelo e contrabaixo, com duração de 3 anos. Amplo e com programa bem definido, o curso conta com planejamento semestral e tem por objetivos oferecer ao aluno um melhor aproveitamento e a consciência de sua evolução em cada etapa do curso, bem como uma formação profissional completa, equiparada às dos melhores cursos existentes em outros países.
Com base em programas de escolas do exterior, o curso de luteria oferece aos alunos formação sólida, dando-lhes conhecimento técnico, artístico, histórico e científico com plenas condições para o desenvolvimento da sensibilidade e noções para estudar, interpretar e poder atuar no mercado da luteria em todos os níveis.
As aulas práticas e teóricas são ministradas por professores com importante produção pedagógica e têm como objetivo levar ao aluno conhecimentos para sua formação profissional embasada na técnica, na arte, na história e na ciência.

 

Disciplina

Duração

Introdução à História da Música Ocidental 1 ano (2 horas/aula por semana)
Física Aplicada (Mecânica e Acústica) e Organologia 1 ano (2 horas/aula por semana)
Desenho Técnico de Luteria 1 ano (2 horas/aulas por semana)
Luteria Teórica – Tecnologia da Madeira e dos Materiais 1 ano (2 horas/aulas por semana)
Luteria Prática 3 anos (20 horas/aula por semana)
Prática de Instrumento – Violino 1 ano (1 hora/aula por semana)
Prática de Instrumento – Viola 1 ano (1 hora/aula por semana)
Prática de Instrumento – Violoncelo 1 semestre (1 hora/aula por semana)
Prática de Instrumento – Contrabaixo 1 semestre (1 hora/aula por semana)

Conteúdo Programático

1º ano Período de integração e nivelamento, familiarização com ferramental, materiais diversos e execução de exercícios de operações básicas, com entalhes e cortes livres, de precisão, além de exercícios específicos.
1º ano Construção de um violino.
2º ano Construção de uma viola.
2º ano Exercícios com novas harmonizações, novas dimensões mecânicas e acústicas (tessitura e timbre). Início da construção de um violoncelo.
3º ano Conclusão da construção do violoncelo.
3º ano Preparação e aplicação de vernizes, a álcool e a óleo e construção de arcos.
Observação A partir do 2º ano, inclusão de exercícios de manutenção, reparos e restaurações em instrumentos da escola.

 

História
O curso de luteria mantido pelo Conservatório de Tatuí é dos únicos oferecido gratuitamente no Brasil. Ele foi criado em 25 de agosto de 1980, tendo como professores Enzo Bertelli e Luigi Bertelli.
No ano de 1983, o Conservatório de Tatuí solicitou ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) do Estado de São Paulo, o desenvolvimento de um estudo das madeiras brasileiras em substituição às europeias tradicionais, que são utilizadas na construção de instrumentos musicais da família do violino. O mesmo baseou-se na comparação das propriedades anatômicas, físico-mecânicas e acústicas das madeiras, resultando em uma lista de dez madeiras com grande potencialidade para substituir as importadas.
Entre elas, estão o Pinho do Paraná, a Grumixava e o Pau-ferro, as quais são utilizadas para a construção dos primeiros violinos dos alunos. Além das madeiras nacionais, são utilizadas também madeiras importadas, tais como o acero balcânico, o abeto alemão e o ébano africano.
Os estudos que resultaram na bem sucedida substituição das madeiras foram cercados de muitos cuidados. Inéditas no país, as pesquisas foram subsidiadas pela Funarte (Fundação Nacional de Arte) e capitaneadas pelo luthier Enzo Bertelli.
Italiano de renome internacional, Bertelli tem trabalho catalogado no Dicionário Universal dos Luthiers (“Dictionnaire Universel des Luthiers” – René Vannes”) e na Enciclopédia da Tchecoslováquia – espécies de Bíblias da profissão muito rara e que exige precisão e dedicação. Enzo e o filho Luigi foram os responsáveis pelo desenvolvimento da importantíssima arte e técnica da fabricação, reparação e manutenção de instrumentos de arco no Estado, nos moldes da mais famosa e tradicional escola do mundo. Além da formação de luthiers, a implantação do curso no Conservatório de Tatuí representou uma espécie de independência do Brasil – à época, o país dependia de matéria-prima importada. A importância do curso em Tatuí está representada na própria história da luteria no Brasil: Enzo Bertelli conseguiu provar que era possível construir violinos de autoria brasileira em nada inferiores aos importados e com um custo menor em pesquisa custeada e supervisionada pelo IPT.

Professores

Izaias Batista de Oliveira

Izaias Batista de Oliveira

Luteria Prática

Nascido no Paraná, Izaias de Oliveira concluiu em 1996 o curso de luteria pelo Conservatório de Tatuí, orientado pelos professores Enzo e Luigi Bertelli. Cursou, ainda, dois anos de violino e um de teoria e solfejo. Desde 1987 trabalha como autônomo em restauração e manutenção de instrumentos musicais. Participou dos cursos do Festival de Inverno de Campos do Jordão nos seguintes anos: 1994 e 1995.

Vlamir Devanei Ramos

Vlamir Devanei Ramos

Luteria Teórica, Luteria Prática, Física aplicada aos Instrumentos de Cordas e Desenho Técnico de Luteria

Vlamir Devanei Ramos é tecnólogo graduado em Gestão da Produção Industrial, possui formação técnica em mecânica e é luthier desde o ano de 1976. Estudou violino no Conservatório de Tatuí e foi violinista do “Terzetto Corelli” de Sorocaba, tendo integrado também a Orquestra Sinfônica Municipal de Sorocaba. Estudou luteria no Núcleo de Ensino Profissional de Artes e Ofícios “São Paulo” sendo discípulo do mestre italiano Carlo Fasano e com o professor Lázaro Bertrami em Tatuí. Pesquisou técnicas da luteria italiana (Cremona, Milão e Nápoles), além das luterias francesa e alemã. Por meio da Associação Brasileira de Luteria, fez cursos complementares e participou de palestras e “workshops” com “luthiers” estrangeiros como Pierre Guillaume (Maison Bernard - Bélgica), Yan Besson (Casa Phelps – Inglaterra), Peter Mörth (Áustria) e James Simon (USA). Foi pioneiro na elaboração e utilização de vernizes à óleo para luteria no Brasil, desmitificando o conceito de que esse tipo de verniz demora anos para secar. Após pesquisas, também foi pioneiro no Brasil, na aplicação de “medidas tonais” nos instrumentos de cordas, como eram utilizadas na luteria antiga dos séculos XVII e XVIII, em substituição às medidas puramente mecânicas, e já construiu instrumentos para músicos dos principais grupos sinfônicos do país, entre eles Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica Brasileira do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, Orquestra Sinfônica de Campinas e Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. Foi instrutor de ensino no SENAI e instrutor técnico de treinamento em indústrias (Shell e Pirelli). Atualmente é luthier, consultor de luteria, processos e métodos de produção para indústrias de instrumentos de cordas e professor de luteria teórica, luteria prática, física aplicada aos instrumentos de cordas e desenho técnico de luteria no Conservatório de Tatuí.